terça-feira, 4 de outubro de 2011

UNICEF pede atenção dos Municípios aos Indicadores de vacinação infantil

Muito além dos números, o registro em bancos oficiais dos dados de saúde, educação e assistência social de cada município representam um raio-X dos avanços e também das atenções necessárias para cada população. As análises e construções desses materiais, entretanto, devem ser feitas a partir da vida que acontece, se vê e se escuta nas ruas e comunidades, dando rosto e voz aos números. Um exemplo da importância de encarar os dados de maneira crítica e realista está na análise das informações sobre a vacinação infantil. Presente nas linhas de base do Selo UNICEF, e atendendo aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na redução da mortalidade infantil e combate às doenças, o alcance das vacinações nos municípios é imprescindível para a garantia da saúde das crianças do Semiárido Brasileiro.

Em inúmeros recantos do país, contudo, as fronteiras entre diferentes cidades são por vezes imperceptíveis, o que torna comum a vacinação de crianças e adultos de municípios vizinhos. A correta ação de imunizar as crianças e adolescentes de uma região, independente das ruas cruzarem ou não a fronteira é legítima, mas não pode ser desperdiçada com uma confusa coleta de dados dessas ações. Muitos municípios, pela falta de comunicação com as cidades vizinhas e, acabam dando como atingida suas metas de vacinação tendo como base doses aplicadas em moradores de municípios vizinhos, ignorando os meninos e meninas de regiões que não tiveram acesso aos seus direitos, mas que, diante das porcentagens atingidas nos bancos nacionais, estaduais e municipais, acabam desaparecendo nos dados. “Isso é uma questão importantíssima que precisa ser tratada pelos municípios. Muitas secretarias de saúde, por vacinarem meninos e meninas de municípios vizinhos, acabam ignorando áreas de desassistência, enganadas por números que por vezes chegam a ultrapassar os 100% da vacinação. É preciso estar atento à verdadeira situação em que se encontram os meninos e meninas, afirma Conceição Cardozo.

O UNICEF pede a todos os municípios inscritos no Selo para que sempre verifiquem junto a suas equipes e através de suas secretarias a presença de crianças que ainda não foram imunizadas, independente da “excelente” cobertura apresentada.

Lucas Cardim/Casa Pequeno Davi/Especial para Selo UNICEF

Postado pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

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